domingo, 12 de abril de 2009

A Força dos bebês


Como eu disse, meu calvário com Dadá ainda ia durar por um bom tempo, mantive ela na casa dela recebendo até o bebê nascer, e não pude demiti-la durante os 5 meses de licença, nesse ínterim, claro venceram férias, eu já chegava a 1 ano sustentando ela em casa. Liguei para meu contador e disse, prepare tudo, quando ela vier receber o último salário, faça ela assinar a carta de aviso prévio. Quando ela veio receber ele me ligou atônito, e disse vc não vai acreditar mas ela está grávida de novo!!!! aquilo foi praticamente o fim do meu salão pois, tive que sustentá-la mais um ano em casa e ao mesmo tempo pagar a nova recepcionista. Que não demoraria muito também engravidaria, me fazendo pagar uma terceira para substituí-la durante sua licença. Uma beleza isso, fora uma manicure gordinha que eu tinha que quando começou a faltar já foi para dar a luz, nem ela sabia que estava grávida segundo ela, nem ela, nem família, nem pai, tudo obra do senhor dicerto. 9 meses sem menstruar e me vem com essa lorota. De novo nossa lei trabalhista protegendo gente esquisita. Trabalhar com mulher em idade de risco de gravidez hoje em dia é uma fria, acho que mulheres mais velhas, homens e gays produzem melhor, não ficam desesperadamente querendo se empregar para poder ter seus filhos, acho que em vez da licença de tanto tempo o que funcionaria seria uma licença negociável de 2 a 4 meses e o restante do tempo até 6 meses elas receberiam um salário a mais do governo para ajudar com a criança, mas voltariam a trabalhar, estariam ativas sem risco de perder o emprego ou o cargo após seu retorno. Agora 6 meses em casa é ruim para os dois lados. E não acredito que no reino animal qualquer mãe precise ficar 6 meses colada na cria sem ir em busca de alimento, com excessão daqueles que não impedem sua mãe de caçar, morando em suas bolsas, papos ou grudados com suas próprias mãozinhas... hahahaha pobres bebês... tão fofinhos, tão inocentes e aqui pelas nossas leis tão poderosos... acho que se não fosse assim seriam mais planejados, menos abandonados, menos carentes, mais bem educados, sei lá... Depois desses episódios tive mais 3 funcionárias que engravidaram, não tinham registro, não exigiram nada, ficaram 2 meses em casa recebendo, voltaram a trabalhar por vontade própria, e ficaram numa boa, sem reclamar da licença nem de nada, era mais importante continuarem trabalhando! então dá para ser diferente! Agora usar a lei para se proteger de demissão iminente... é usar uma vida em "suposto" benefício próprio, usar duas como no caso de Dadá é o fim da picada!