domingo, 1 de agosto de 2010

Amigos & Negócios


Os negócios com amigos são fascinantes, quando ainda estão nas idéias. Tipo, uma idéia fantástica de trabalho com um amigo fantástico trabalhando junto? Como dar errado? Fácil!


Tenho algumas histórias para ilustrar isso.

Comigo nunca deu certo e olha que tentei e tento até hoje.

“De criança” quando o “negócio” era emprestar, trocar e dar coisas que a gente tinha. Sempre deu confusão.

Uma vez com 8 anos, uma coleguinha me emprestou 8 pulseiras de ouro durante o recreio, acabou o recreio não encontrei ela para devolver, não tive dúvida, tirei do braço e deixei no muro onde estávamos sentadinhas. Quando encontrei a menina, ela perguntou das pulseiras e eu disse que estavam lá no murinho. Claro que não estavam mais ... foi um fuzuê de choro, da menina, meu e no final, minha mãe teve que pagar as pulseiras pra ela. Ainda bem que eu era bem pequena e não me lembro dela ter ficado brava comigo. Mas lembro dela dizendo “não pegue mais coisas dos outros emprestado”. Eu respondia chorando ... mas ela que insistiu ... e tinha sido mesmo ...

“Mais Mocinha”, já morando em São Paulo com 17 anos, fiz de novo (risos). Eu morava num pensionato com 42 meninas e fui pedir uma roupa emprestada para aparecer de figurante num programa de TV. Acabei pegando um conjunto de blusa e bermuda de seda de uma menina que eu mal conhecia. Lá na correria de ter que voltar cedo acabei esquecendo a bermuda da guria num camarim qualquer do SBT, lá no Carandiru. Outro escândalo, fiz de tudo para resgatar a maldita bermuda, mas claro, nunca encontrei. Meu Pai nem sabia dessa coisa de programa, morava no interior e me pagava o pensionato e a faculdade. Só. Aliás, fui lá porque tinha um cachê de uns R$ 50,00 + jantar (excelente!). Resultado, tive que contar pra ele, agüentar a histérica da menina na minha orelha. Ele pagou, quase me matou, fiquei sem mesada uns 3 meses e odiada pela menina forever ...

Aí descobri que negócio com amigo só tem 2 caminhos, ou você sacrifica o negócio ou sacrifica a amizade ...

É até um teste para a amizade, ainda bem que tenho exemplos onde a amizade foi preservada. Mas o “negócio” foi-se ...

Uma vez uma super amiga me conseguiu um emprego, tempos depois ela precisou e indiquei-a para a
empresa que ela havia me indicado. Trabalhamos juntas felizes um bom tempo. Quando o dono da empresa ofereceu a ela o dobro do salário e com isso teria que me demitir. Essa era a idéia dele para enxugar a empresa. Minha amiga me contou, conseguimos outros empregos e fomos embora juntas de lá. Perdemos esse emprego, mas nossa amizade dura até hoje ...

Então, um amigo me chamou para ser assistente dele, numa empresa de letreiros. Chego lá e o escritório era grudado ao pombal dos pombos-correios que ele criava. Detalhe, parte do meu trabalho de assistente era ajudar a cuidar dos pombos ... Ele sumia e eu tinha que cuidar do escritório e dos pombos. Durou uma semana ... kkk ... mas também saí de boa ...

Outro exemplo é de um amigo querido, dentista. Fui me tratar com ele, que é excelente por sinal, conseguimos ir bem por um tempo.

Depois, devido à intimidade, até probleminha com marcação de horário gerava discussão. Um dia eu disse “olha eu gosto tanto de você que não vou mais ser sua paciente, prefiro você como amigo!” Rimos muito e também somos amigos até hoje.

Quando abri minha primeira clínica, também foi com uma grande amiga. Ali, por falta de grana, uma continuava no emprego e a outra no negócio. Esse esquema não funciona. Não chegamos a brigar, mas ela saiu do negócio e eu continuei. Essa amizade achei que ficou estremecida ... infelizmente ... como eu disse nunca discutimos nem brigamos mas perdemos a intimidade ... Hoje ela mora em outra cidade, mas mora também no meu coração, ela sabe disso e se estivéssemos mais próximas já teríamos resgatado isso.

Junto com a clínica, inventei moda de fabricar velas artesanais com uma amiga para vender. Eu trabalhava a semana toda e nos finais de semana ia fabricar velas. Foi divertido no começo, mas depois começou a ficar cansativo pra mim, era longe e as tais velas davam um trabalhão pra fazer. Minha amiga sozinha não dava conta de produzir e perdemos todo o investimento: as vasilhas estão lá até hoje, e, foi tão estafante para as duas que nem abalou nada. Demos graças a Deus de acabar com aquilo 

Por fim tentei trabalhar com meu ex-namorado. Aí que a vaca foi para o brejo mesmo!!! Além das nossas discussões pessoais, somavam-se as discussões profissionais. Caos foi pouco. Mas também desistimos a tempo e nem foi por isso que viramos ex.

Uma coisa que eu acho que funciona é fazer amigos trabalhando, tipo caminho inverso. Primeiro você trabalha e depois fica amigo. Parece que assim as coisas não se misturam tanto. Porque a intimidade vai sendo criada, independente do lado profissional.

Em resumo, pelas minhas experiências o complicado de você trabalhar com amigo é que trabalho tem que ser cobrado e amizade não suporta cobrança. Ou o inverso. O trabalho vai bem, mas qualquer desconforto ou desentendimento pessoal atrapalha o desempenho.

Temos uma tendência a querer ajudar os amigos, mas talvez a melhor ajuda não seja dando trabalho, trabalhando junto ou ajudando financeiramente.

Talvez o melhor apoio seja dar idéias, conforto, companhia, estímulo porque quem dá “só” isso ganha pontos como amigo.

Amigo é pra tomar cerveja, dar risada, contar histórias, fazer e ouvir confidências, poder ligar de madrugada ..., chorar no ombro ... consolar ... Amigo não tem mistério, nem frescura ... se a bronca for para o bem, aceita de boa ... Amigo faz favores sem cobrar nada e fica feliz por poder ajudar. Amigo não mente, não trai porque sabe que não tem riqueza maior no mundo. Do que poder ter amigos. Amigo se erra vai lá e pede desculpas, conserta, luta, não deixa a riqueza se perder ...

Isso tudo não combina com trabalho, responsabilidade, horário, dinheiro, prazos, acasos, cobranças e tudo mais que negócios representam.

Eu, por mim, prefiro ficar com meus amigos...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Festas de “Confraternização”


Quando chega o final de ano as empresas enlouquecem, algumas têm seu ritmo hiper acelerado, outras vão diminuindo as atividades e tornando os serviços precários. Os patrões ficam de cabelo em pé com o décimo terceiro dos funcionários, férias coletivas, brigas entre eles para se livrarem dos plantões nas festas, contratações temporárias e seus próprios pepinos particulares e peculiares dessa época do ano.
Os funcionários por sua vez estão cansados, loucos para receber o tal décimo terceiro e para tirar suas férias. No caso das empresas que estão desacelerando nessa época os interesses se juntam e fica mais fácil o encerramento do ano.
Já as pobres empresas que tem boa parte do seu faturamento nessa época, sofrem bem mais. O patrão quer produtividade e o funcionário quer folga. Ele sabe que é a melhor época para ganhar dinheiro, mas está “cansado” não quer trabalhar nas festas, mas precisa, não juntou durante o ano, então trabalha de mau-humor. Reclama do movimento, de dor nas costas, doenças surgem nas sextas feiras ou sábados. Não plantaram durante o ano para colher depois e assim o clima “natalino” se instala.
O Patrão puto com a folga dos funcionários e os funcionários putos porque o patrão é insensível! Fica histérico nessa época (por que será? kkk)
E ainda tem a confraternização haaaa que delícia... Todo mundo puto tendo que: fazer amigo secreto, comprar presente, organizar festinha, trazer salgadinho, fazer vaquinha tudo de bom...
O patrão, além de ter que gastar com a festa ainda tem que participar... tem uns que nem vão, mandam representante kkk Amigo secreto então é piada, numa empresa de 20 pessoas 4 são amigas o resto é colega complicado ou seja, vc sempre tira alguém que não é seu amigo, ou tira o patrão que é pior ainda. Vai dar e ganhar uma porcariazinha seguida de uma piada às vezes de muito mau gosto com sua pessoa. E tem que rir ainda por cima.
Acho que a verdadeira confraternização é daquelas empresas em que os funcionários vão toda sexta tomar uma, nem que seja água, juntos, formam uma equipe o ano todo, trabalham em união com o patrão que em muitas sextas também se sentou à mesa do barzinho. Essas empresas não precisam de festas de confraternização forçada. Eles não são amigos secretos, são parceiros de trabalho com interesses e objetivos em comum. Prosperar naquilo que resolveram fazer juntos e não um contra o outro. Aí as festas são sensacionais! Homéricas! Ótimas!!!! Mas esse espírito cooperativo só se consegue durante o ano, ele não vem como uma mágica na festa de confraternização. A mágica vem do funcionário não ver o patrão como um vilão insensível e o patrão não ver seu empregado como um Inimigo Pago!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

As Birutas, Parte 2

Como já disse uma vez, várias birutas passaram pelo meu salão, essa deu um susto na gente, mas a culpa não foi dela. Eu estava precisando de uma recepcionista e uma cliente sugeriu que eu conhecesse a filha dela, claro que aceitei na hora, afinal nada como uma boa indicação, principalmente na recepção que na minha opinião, é o ponto nevrálgico de qualquer negócio. Nada como colocar alguém de um nível melhorzinho para atender as clientes. A garota veio com a mãe, linda gente! linda mesmo, novinha, doce, meiga, lembro apenas dos olhos bem verdes que ela tinha, cursando o antigo segundo grau, ela não tinha experiência mas eu também não tinha dinheiro para pagar alguém experiente, pensei posso ensina-la, afinal não é nenhum bicho de sete cabeças.E assim foi, ela começou a trabalhar, fui ensinando as coisas e ela parecia estar aprendendo, eu só estranhava a marcação da mãe em cima dela, ligava toda hora, levava, buscava a menina não tinha liberdade nenhuma. Ela tinha quase 20 anos e parecia que não podia fazer nada sózinha. Nunca comentei nada com ela, nem ela reclamava. Mas era estranho.Algumas funcionárias começaram a dizer que ela marcava os horários errados, Outras diziam que quem falava isso estava com inveja pois ela era muito linda e legal afinal, com elas não acontecia. Quando eu estava lá, tudo parecia normal, talvez um pouco desatenta mas ainda estava aprendendo, esquecia algumas coisas mas de um modo geral eu estava satisfeita. Um dia uma funcionária fofoqueira veio me dizer que a menina tomava remédios controlados e que quando não tomava tremia. Isso nunca me assustou, meu pai é psiquiatra, se era receitado por um médico é porque precisava. Achei o comentário dela maldoso e não me interessei em saber o porque dela tomar os tais remédios. Uma vez eu vi ela tremendo, peguei nas mãos dela e estavam suando, perguntei se ela estava bem e ela disse que sim. Perguntei se tomava alguma coisa ela disse que tinha disritmia e tomava alguns remédios. Sosseguei. Minha mãe e meu irmão tinham disritmia e também tomavam remédios. Só não tremiam quando ficavam sem. Um belo dia... As funcionárias me ligam desesperadas dizendo que a menina estava tendo um ataque epilético, na frente das clientes e elas não sabiam o que fazer, eu também não estava lá, então pedi para ligarem para a mãe dela e para o resgate se fosse o caso. E fui para lá, quando cheguei, o ataque já tinha passado a garota estava branca como um papel, e a mãe calma, parecia acostumada. Perguntei se as crises eram cons tantes e ela disse que mais ou menos. O curioso é que essa mãe NÃO ME AVISOU que a menina era epilética, achei o fim da picada, ela poderia ter morrido. Não tinha ninguém lá que soubesse lidar com aquilo, ela não deixou tel de médico, ela não falou nada. Claro que para o bem da menina achei melhor que ela não trabalhasse com a gente até ficar boa, depois disso nunca mais tive notícias. Conclui que nesse episódio a Biruta foi a mãe que quís esconder a doença da filha, achando que se falasse a verdade ninguém empregaria. Só que esconder esse tipo de coisa é um risco para o próprio doente. Ainda mais no caso delas que definitivamente não precisavam monetariamente disso. Ainda bem que deu tudo certo.

domingo, 12 de julho de 2009

Mãos ao Alto


Meu salão foi assaltado 2 vezes. A primeira incrivelmente o ladrão sabia que nosso FAX estava quebrado pois foi assim que ele entrou na casa, afinal o FAX estava mesmo quebrado, mas o ladrão VIDENTE sabia! Dessa vez, perdemos a CPU do computador e uma impressora. Na segunda vez, salientando que em ambas eu não estava no recinto, um cara veio como cliente num dia, deu uma sondada e no dia seguinte, coincidentemente dia de pagamento das funcionárias e vejam só não era dia 5 nem dia 10, eu pagava elas dia 25. Dessa vez ele ameaçou as funcionárias com uma faca, deu uns tapas na gerente, que nenhuma delas gostava, prendeu todas na edícula menos a gerente, foi direto na COZINHA onde elas guardavam suas bolsas, roubou todas, levou a bolsa da gerente claro e foi embora, do salão mesmo não roubou nada. Como ele sabia o dia do pagamento? como ele sabia que eu não estava lá naquele horário? como ele sabia onde as funcionárias guardavam as bolsas? Por que ele só zoou com a gerente? No primeiro caso a X9 que deu a fita sabia muito bem o que queria. roubar o computador, um misto de vingança e espionagem, sem violência. Na segunda vez, a X9 não queria me roubar, provavelmente odiava a gerente e deu um jeito de agredi-la e rouba-la além de levar um troco das colegas. E como descobrir no meio das coitadas assaltadas, agredidas quem foi que deu a fita? A gente não descobre.

E a quantidade de notícias em que ex-funcionários, assaltam, sequestram e matam?

Fíz uma pesquisinha medíocre só pra ver no que dava vejam:
Ex funcionário é mandante de assalto: 10.600 páginas ou roubo de informações

http://www.jornaldeararaquara.com.br/home.pas?codmat=19841&pub=2&edicao=
Ex funcionário é mandante de sequestro: 11.700 páginas
Ex funcionário é mandante de assassinato: 23.900 páginas
Ex funcionário acusado de assalto: 961.000 páginas

http://www.aratuonline.com.br/noticia/11620.html
Ex funcionário acusado de sequestro: 67.300 páginas


Isso só em páginas do Brasil. Portanto cuidado, lembre-se que o convivio proporciona muita informação, preserve-se...

domingo, 21 de junho de 2009

As Birutas Parte 1


Como não estou aqui só para contar histórias de clientes, vou incluir no Blog algumas histórias bizarras de funcionários, sócios e minhas também. Assim todos podem ver que bizarrices. Acontecem com todo mundo. E sempre servem para algum tipo de ensinamento. Fiquem atentos nos "Birutas"

Chamo de Birutas pra não dizer loucos pois de louco todos nós temos um pouco, mas funcionário, chefe ou colega louco ninguém merece... e eu já tive todos rsrs mas dessa vez tenho que admitir que o pior é o colega louco, pois o chefe a gente pode se demitir, o funcionário idem, mas sair de um lugar por conta de um colega é a pior sensação, na minha opinião.

Primeiro claro, vou lembrar dos funcionários. Tive biruta limitada, talvez limitada pela falta de oportunidde, a Mô era estranha, sózinha, carente mas me adorava e eu também gostava muito dela, sinto que com ela eu cumpri um carma, afinal por mais que ela demostrasse a birutisse eu não tinha coragem de demiti-la.

Ela começou como faxineira, depois passou a office girl, era de extrema confiança e sabia ir nos bancos, conhecia o bairro todo, era rápida e tudo que fazia, fazia bem feito, mas disconfiômetro era uma coisa que ela desconhecia, por conta da carência, queria ficar conversando, perguntava milhões de perguntas e eu tentando trabalhar, ela me sugava o tempo, mas era inteligente, esforçada, fiel como um cão de guarda, eu tinha paciência, não muita mas tinha, eu ouvia um pouco e depois pedia para ela descer, lá embaixo ou ela azucrinava as colegas com tanta falação ou azucrinava as clientes sem pudor nenhum.

E não adiantava pedir pra ela parar ela não obedecia ninguém só eu, eu tinha que parar o que estivesse fazendo para tirar ela de cena. Dava broncas explicava, pedia pra ela melhorar mas ela melhorava por um tempo depois começava de novo, com o passar do tempo e a convivência com as colegas cobras, ela foi piorando e (tadinha, digo tadinha com aperto sincero não com ironia) ela queria ser amiga de todo mundo, dava presentes, comprava lembrancinhas para todas, aquilo me comovia profundamente e apesar da reclamação de todas as funcionárias, da minha irmã que na época era minha sócia, eu sempre dava um jeito de ficar com ela. Eu confiava nela e ela por incrível que parecesse naquele mar de não confiáveis, merecia.

Mas era inconveniente demais! e foi envenenada pelos maus exemplos lá de dentro, começou a perder o respeito, me tratava como se eu fosse da famíla dela, isso na frente de clientes e colegas, retrucava minhas broncas virou um inferno...

Mas ela não era má era biruta, e eu tinha pena dela, outro sentimento que é melhor não ter quando vc tem uma empresa. É difícil mas é assim. Um dia fui dar uma bronca nela por alguma coisa que não me lembro e ela saiu gritando da casa igualzinho a uma manicure, tabém biruta, que ela viu fazendo isso.

Deixei ir, e ela não me causou nenhum mal, por Deus logo depois ela arrumou um outro emprego e voltou a visitar o salão agora como "amiga" . Não sei que fim levou a Mô, mas ela se virava dentro dos seus limites e birutices, ela sobrevivia nesse mundo louco. E apesar de tudo era uma pessoa muito alegre.

domingo, 12 de abril de 2009

A Força dos bebês


Como eu disse, meu calvário com Dadá ainda ia durar por um bom tempo, mantive ela na casa dela recebendo até o bebê nascer, e não pude demiti-la durante os 5 meses de licença, nesse ínterim, claro venceram férias, eu já chegava a 1 ano sustentando ela em casa. Liguei para meu contador e disse, prepare tudo, quando ela vier receber o último salário, faça ela assinar a carta de aviso prévio. Quando ela veio receber ele me ligou atônito, e disse vc não vai acreditar mas ela está grávida de novo!!!! aquilo foi praticamente o fim do meu salão pois, tive que sustentá-la mais um ano em casa e ao mesmo tempo pagar a nova recepcionista. Que não demoraria muito também engravidaria, me fazendo pagar uma terceira para substituí-la durante sua licença. Uma beleza isso, fora uma manicure gordinha que eu tinha que quando começou a faltar já foi para dar a luz, nem ela sabia que estava grávida segundo ela, nem ela, nem família, nem pai, tudo obra do senhor dicerto. 9 meses sem menstruar e me vem com essa lorota. De novo nossa lei trabalhista protegendo gente esquisita. Trabalhar com mulher em idade de risco de gravidez hoje em dia é uma fria, acho que mulheres mais velhas, homens e gays produzem melhor, não ficam desesperadamente querendo se empregar para poder ter seus filhos, acho que em vez da licença de tanto tempo o que funcionaria seria uma licença negociável de 2 a 4 meses e o restante do tempo até 6 meses elas receberiam um salário a mais do governo para ajudar com a criança, mas voltariam a trabalhar, estariam ativas sem risco de perder o emprego ou o cargo após seu retorno. Agora 6 meses em casa é ruim para os dois lados. E não acredito que no reino animal qualquer mãe precise ficar 6 meses colada na cria sem ir em busca de alimento, com excessão daqueles que não impedem sua mãe de caçar, morando em suas bolsas, papos ou grudados com suas próprias mãozinhas... hahahaha pobres bebês... tão fofinhos, tão inocentes e aqui pelas nossas leis tão poderosos... acho que se não fosse assim seriam mais planejados, menos abandonados, menos carentes, mais bem educados, sei lá... Depois desses episódios tive mais 3 funcionárias que engravidaram, não tinham registro, não exigiram nada, ficaram 2 meses em casa recebendo, voltaram a trabalhar por vontade própria, e ficaram numa boa, sem reclamar da licença nem de nada, era mais importante continuarem trabalhando! então dá para ser diferente! Agora usar a lei para se proteger de demissão iminente... é usar uma vida em "suposto" benefício próprio, usar duas como no caso de Dadá é o fim da picada!


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dadá A Recepcionista


















Dadá era da Bahia, tinha chegado a pouco tempo em São Paulo quando foi trabalhar comigo, veio por um anúncio de jornal, muito falante e simpática, tudo que eu precisava para uma boa recepção. E... como todas as outras começou muito bem! Ela entrou numa fase boa, quando o salão da massagista já estava fechando, ela entrou com toda garra! vestiu a camisa da empresa, mas era meio mandona com as outras funcionárias, ela era só recepcionista mas na minha ausência, agia como se o salão fosse dela, tomava decisões, dava bronca, eu até gostava daquela ajuda afinal, a casa estava cheia de funcionárias e ela parecia estar do meu lado, e acho que até esteve por algum tempo. Ela vendia super bem, não só os serviços como produtos, qualquer coisa que a gente tivesse ou não tivesse rsrsrs Ficava amiga das clientes, dos fornecedores, ela era amiga de todo mundo. Mas gostava de mandar nas outras e aquilo começou a me dar problemas, as funcionárias começaram a reclamar dela, ela desmentia as reclamações dizia que queria as coisas certas por isso fazia aquilo, e eu acreditava ela ficou também pelo menos 2 anos, e o problema dela é que foi ficando cada vez mais entrona, ela teve todas as fases, começou me admirando, depois passou a me imitar e depois a querer ser eu, e na fase final queria mandar em mim rsrsrs. Só me dei conta de que tinha algo errado quando comecei a perder boas funcionárias por causa dela, elas simplismente iam embora, sem explicações, mas sempre vinha alguém me dizer que tinha sido obra da Dada. E eu achava que era implicância delas, afinal ela me ajudava a por ordem na casa. Mas milhões de moscas não podiam estar enganadas e comecei a ficar de olho, e a me irritar com o jeito dela. O que era iniciativa passou a ser desmande, ela começou a tomar deciões que só eu podia tomar, fora o que ela fazia de comércio por debaixo dos panos, com as clientes, com as colegas, mas a pior coisa foi ela ter ficado arrogante, dei poder a ela e ela não soube usar, pior começou a usa-lo contra mim! Me lambia na minha frente e me pixava pelas costas, lamentei muito a mudança de comportamento dela, afinal tenho que admitir ela tinha muitas qualidades técnicas se tivesse controlado o gênio ruim tudo teria dado certo. Mas não deu, A Dadá foi a que mais me tirou do sério, a que mais me enlouqueceu e por mais tempo... Demorei para tomar a decisão para mandá-la embora, mas eu teria que fazer a situação estava insustentável, tanto para mim quanto para as outras funcionárias. Mas ela era uma funcionária registrada, dava um gasto danado mandar embora sem uma justa causa. O que eu não sabia é que ela já sabia que seria mandada embora, e já estava se preparando... Um belo dia, teve uma discussão na casa e resolvi aproveitar o babado para demiti-la. Quando eu disse que ela estava demitida ela me olhou na frente de todo mundo e disse, vc que pensa... foi até a bolsa e me mostrou um exame positivo. Ela estava grávida.
Entrei em pânico, eu não poderia demiti-la, como ia conviver com aquilo??? liguei para meu advogado e ele disse que não tinha jeito, ou eu deixava ela trabalhar ou pagava a ela para ficar em casa. Tentei me conformar com a primeira opção, afinal eu não tinha grana para pagar 2 recepcionistas, uma trabalhando e outra em casa com a barriga pra cima. Mas... quando ela estava mais ou menos no quinto mês de gravidez, eu poderia dizer que briguei com ela pra resumir a história, mas faço questão de contar como foi, para que ninguém pense que eu fui injusta, ou louca. Um belo dia desci e ela estava em pleno horáio de serviço lendo revistas, perguntei discretamente se ela já havia acabado de passar o cadasto no computador, afinal não faltava trabalho para ser feito e convenhamos que trabalhar no computador não é dos serviços mais pesados, falei isso e subi, desci um tempo depois e ela continuava a ler as revistas, perguntei, vc não me ouviu? eu preciso que vc acabe de passar o cadastro no computador, até aqui eu estava calma, e ela irônica..., fui até a cozinha voltei e ela continuava na revista, comecei a perder a paciência, falei escuta, eu estou mandando vc parar de ler a revista e fazer seu trabalho AGORA!!!! quando eu disse isso ela se levantou e disse, agora não, vou tomar um café e foi pra cozinha, viche! era muito topete! eu fui atrás e insisti pra que ela voltasse ao trabalho, que ela estava me desafiando só porque estava protegida por aquela barriga, não deixei ela tomar o café, ela começou a vociferar como um animal, gritando para todo mundo ouvir que eu era desumana, que não deixava uma grávida descansar, montou um barraco! mas desse eu não corri não, eu já estava pelos tampos e ela conseguiu me tirar do sério como eu nunca vi na vida! eu estava possessa quanto mais ela gritava, mais eu gritava, eu quase dei nela. Parei minha mão a 5cm daquele pescocinho metido! Mas não toquei nela, consegui me controlar, subi liguei para o advogado em prantos e ele me disse. Não tem jeito, se vc não suporta a presença dela, mande ela para casa, mas o salário vc vai ter que continuar pagando. Preferi o prejuízo financeiro, ao prejuízo emocional que ela me causaria e a mandei para casa, para não voltar mais. Achei que de alguma forma tinha me livrado dela... Mas esse fantasma me assombrou por muito tempo. Muito mais do que qualquer um possa imaginar...